segunda-feira, 3 de março de 2008

Duas Gerações e suas Prioridades.

Daqui dos mais de quarenta lembro quando tinha vinte e dois. Foi quando casei com o namorado de adolescência. Eu me achava "a madura". Sabia tudo da vida e era bem mais rígida que hoje. Aproveitamos uma greve sem fim da UFRN e casamos. Eu, que ainda a pouco era rebelde, do contra e uma retardatária do movimento hippie, casei de vestido de noiva, no estilo Lady Dy, de tafetá champanhe, pois usei a mantilha da família, já amarelada pelo tempo. Acho que surpreendi algumas pessoas, mas cumpri o figurino feliz da vida.
A faculdade levei na valsa (essa expressão é mais velha do que eu). Parei quando engravidei e ainda passei mais de seis meses para voltar. Isso pagando apenas duas cadeiras por dia. Fui totalmente dedicada a minha filha nesse período, viu Sylvinha?
Já trabalhava. Comecei como estagiária e depois fui contratada. Não tornei mais difícil do que era ser mãe, aluna de direito e funcionária pública. Tive todo apoio que precisava e nenhuma pressa.
Hoje aos quase vinte e dois, Fernanda formou-se em Publicidade, trabalha em uma agência e cursa Administração. Sylvinha, que sempre estará nesses textos, pois é o elo que une as Mulheres em Dobro e minha filha, está terminando Arquitetura e trabalha em um escritório.
As duas namoram e se divertem quando podem. Vinha já namora há alguns anos e o namorado não é só o queridinho dela. Tem uma fila de mulheres aqui em casa que o adoram, encabeçada por mamãe. Mas de acordo com os projetos de ambos para depois da formatura, talvez só encontrem vaga nas agendas para casar daqui a uns dez anos.
Mulheres de idades e prioridades diferentes, mas com algo bem salutar. Não nos sentimos tão distantes. Sou menos rígida hoje. Apesar de parecerem meninas, elas são mais maduras, portanto nos sentimos mais próximas.

5 comentários:

Fernada Sobral disse...

Aplausos pra Tia Veca! Brilhanteee!

Anônimo disse...

Gostei dos textos!!!
Beijos para as duas!
Sylvinha!
E querida amiga vamos rodar o mundo e depois até quem sabe a gente casa!!! Na igreja não mamãe!!! Tenho vergonha... Muita!

Evelyne Furtado. disse...

Meninas, obrigada. Rodem o mundo, eu aprovo. Adoraria ver minha filha única entrando na igreja, mas ver você feliz é o que importa filhota. Te amo.

Obrigada Fernandinha. Ainda bem que vc melhorou, linda!
Adoro vc!
Beijos

Capitão-Mor disse...

Engraçado este seu texto...
Abraço

Evelyne Furtado. disse...

Oi, Capitão
Achou engraçado? Eu nunca sei o pq, rsssss
Abraço