sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Nossos Câes



Fernanda falou no Imperador Napoleão e logo me veio à memória, Sissi, a Imperatriz. Não, gente. Napoleão Bonaparte não teve nada a ver com Sissi, a Imperatriz.Acontece que Romy Scheneider, loura e linda, inspirou minha mãe ao batiza uma cachorrinha preta que tia Eliane deu à minha irmã Melissa.
Sissi era mesmo irresistível, pois todos os cachorros da região sentiam-se atraídos como um imã lá para casa quando a starlet entrava no cio. Era uma loucura e mesmo depois de ter as trompas ligadas continuou a dar cria. Perdemos a conta e creio que Sissi I não teve menopausa. Morreu com 14 anos e teve filhotes até bem pouco tempo antes.
Sua morte foi sentida por todos. Nine, uma amiga, quando soube me disse a seguinte frase confortadora: "que ela descanse em bons lençóis".
Depois veio a fase de Sylvinha querer o seu cachorrinho. Já havíamos tentado ficar com alguns dos filhotes de Sissi, mas nenhum vingou.
Só Deus sabe a alegria de Sylvinha quando o pai lhe trouxe Tony. Um cachorro lindo desde filhotinho, que foi ficando mais bonito e simpático à medida que crescia. Um Setter Irlandês ruivo e brincalhão, que foi "subtraído" em uma noite sombria. Nem gosto de lembrar, pois ninguém gosta de ver filho triste.
Passado o luto, fomos a um canil e escolhemos o cão ideal. Um Teckel marrom e branco. Parecia uma salsichinha gorda e fofa. O vendedor disse que era o cão ideal para casa, com jardins e quintal, pois era caçador.
Kadu era uma gracinha, Vinha e Melissa ficaram felizes da vida com o novo bichinho, que parecia bem adaptado á casa onde morávamos.Acontece que com poucos meses, nossa casa foi assaltada e nos mudamos com Kadu para um apartamento.
Tadinho daquele temperamento irrequieto de caçador dentro de quatro paredes. Kadu foi surtando aos poucos. Deslizava em cima da mesa de centro derrubando tudo. Comia sandálias, sapatos e roupas. Enfim pintava e bordava.
O enclausuramento afetou a criatura a ponto de não nos deixar dormir á noite. Nem a nós, nem aos outros moradores do prédio. Se o deixássemos só ele latia sem parar. Era um alvoroço tão grande, que um dia às 2h da madrugada, depois de eu ter feito palavras cruzadas na cozinha de luz acesa ( para ele adormecer com alguém por perto), achei que ele já havia dormido e levantei. O resultado foi um Kadu latindo ameaçadoramente para mim.
Voltei à cozinha, apaguei a luz e comecei a rezar um terço baixinho.A oração não era bem para acalmá-lo. Era para que eu me mantivesse acordada no escuro, sentada em uma cadeira e sem poder me mexer, do contrário o bicho se erguia num pinote.
O fim de Kadu foi o degredo. Apesar do pranto que abalou a casa toda. O nosso anti-herói foi, após uma seleção bem cuidadosa, para outro lar.
Casada, Melissa minha irmã, ganhou uma outra SIssi, também Teckel, também meio piradinha. Depois que nasceu Bella minha sobrinha linda, Sissi II perdeu a alegria natural e passou a morder. Hoje, encontra-se emprestada a Arlete, nossa bondosa auxiliar doméstica. Não sei até quando.

Evelyne Furtado.

10 comentários:

Anônimo disse...

É TRISTE O FIM!
Sylvinha
Nunca tive sorte com meus lindos cachorrinhos... Mas valew a tentativa!

Anônimo disse...

Kadu era o destroidor! Nunca esqueci num dia que ficamos mais de hora correndo atrás dele pelo apartamento... culimanos levando a maior queda e ele com cara de que ria da gente... Aaah, Kadu!

Evelyne Furtado. disse...

Vinha você tem sorte com gente e a gente tem uma sorte enorme por ter você por perto. Você é pé quente!
Beijos


Dededa, não deu para ficar alegre como o seu Imperador. Mas é assim...
Se bem que a gente riu muito com Kadu.
Beijos

Mel Furtado disse...

Ah, meninas... como eu sinto falta de todos esses Au,Aus (Como diz Bella). Acho até que tenho alma de cachorro, tamanha a identidade com esses bichinhos de estimação, pois sou extremamente carente, adoro um afago, estou sempre pronta p/ um passeiozinho, tô sempre enjoando em viagens de carro, adoro crianças e bichinhos de pelúcia também, mas graças a Deus não mordo! No máximo dou umas fungadas ... kkkkkkkkkk

Mel

Evelyne Furtado. disse...

Nunca havia pensado nisso, Mel, mas bem que vcs têm muito em comum.
Beijos e saudades.

Anônimo disse...

E vc esqueceu do velho Cuca,aquele q le seguiu ate o Colegio e q fez Cassia Procura-lo na UFRN.kkkk
bjos

Evelyne Furtado. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Evelyne Furtado. disse...

Pois é,que lapso! E ainda mordeu a calça de Sandra Drão, ex-mulher de Gil e mãe de Preta...

Dizem que os cães aquirem a personalidade dos donos e nós só temos pequenas neuras, rs

Beijos hermana

Anônimo disse...

Oi Eve, sou louca por cachorros, mas hj em dia, prefiro achá-los bonitos a distância rs. Já tivemos 2, um cachorro q chegou em casa eu era criança e qdo morreu eu era adulta, chorei um dia inteiro eu e minha irmã, depois nos deram uma cadela coockie que tb viveu muitos anos e morreu 2 anos atrás. Lá se foi mais choro e tristeza.
Lutamos aqui em casa para não ter outro mas minha irmãzinha arranjou outro coockie, doido de pedra, esse é só dela, mas qdo ela ñ está por perto faço-lhe uns mimos. Na verdade os cahorros são ótimos amigos e companheiros. Bjs, Jeane.

Evelyne Furtado. disse...

Que bom Jeane! Aqui em casa daria um blog inteiro sobre cachorros loucos,rs. Vc terá outro.
Abraços e obrigada.