quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Retrato Falado II - Nós e o Homem do Pato



A série Retrato Falado continua. O episódio da família Leite Sobral arrasou, com o humor que faz parte dela. Agora vou relatar uma ocorrência que também caberia no quadro do Fantástico. Aliás, a minha amiga Ana Vê tem uma coleção deles prontos para ir ao ar. Por enquanto vou contar uma aventura que nos aconteceu há alguns anos. Era aniversário de uma amiga comum. Jeane, recém-casada,receberia pela primeira vez em sua nova casa, que ficava um pouco afastada. Meu senso de direção é péssimo e tinha certeza que com ele não chegaríamos lá. Ana, porém, garantiu que sabia o caminho e combinamos ir juntas. Fomos em um buggy Selvagem: eu, Ana e Fernandinha que ainda morava naquela barriga enorme que a mãe expunha com orgulho. Na BR 101, à altura do Centro Administrativo, Ana vira-se para mim e pergunta "Veca estou sem batom?" Ao que eu respondo negativamente, querendo saber o motivo da pergunta. Ela se justificou dizendo que estava estranhando, pois todos estavam olhando para nós e a única coisa que poderia chamar atenção dos outros motoristas era a falta de batom (tinha que contar isso, pois nunca me passou pela cabeça que a ausência de batom atraísse atenção no trânsito). Continuamos com Ana cheia de segurança. Um pouco à frente entrou na rua que o mapinha indicava. Importante fazer um parêntese para dizer que isso aconteceu antes do boom do celular, portanto não tinhamos comunicação. Depois que entramos no bairro da nossa amiga, comecei adesconfiar que Ana não conhecia o caminho, porém continuava com o mesmo ar de segurança: “A gente acha, fique calma”. Dizia ela. Fiquei calma até que nos distanciamos da área mais habitada e começou a escurecer. Rodamos, rodamos e cada vez ficávamos mais perdidas. Eu já começava a ficar preocupada, quando a coisa piorou: o carro simplesmente parou e não pegou mais de jeito nenhum. Estava escuro e não tinha uma casa habitada naquela rua. Éramos eu, Ana, Fernanda (na barriga de Ana) e só. Até que vimos um homem se aproximando. Entre o medo e a esperança, optamos pela última. Perguntamos se ele entendia de motor e ele disse que não, mas que poderia empurrar o carro, só que não poderia soltar o pato. É isso mesmo, o homem trazia um pato vivo em uma das mãos. E era um pato enorme. Como eu não quis segurar o pato do cara, empurramos o buggy eu, o homem do pato e o pato. Ana na direção, eu com toda a minha força de um lado e o homem empurrando o carro com uma mão e com a outra segurando o pato que grasnava alto. Uma cena inesquecível, mas inútil. O Selvagem não saiu do lugar. Perguntamos, então, onde havia um telefone por ali, uma vez que não tínhamos visto um orelhão sequer. O homem respondeu que o telefone mais próximo ficava na delegacia. Ok, tínhamos nos formado há pouco em direito, mas eu detestava delegacias.Ana adorava, ainda bem! Sem outra alternativa, seguimos no escuro, entre uns matinhos e pequenas dunas até a delegacia onde fomos muito bem recebidas pelo atencioso delegado que fez uma ligação para casa da aniversariante, identificou-se e comunicou que duas amigas dela estavam em sua delegacia. Depois do susto fomos resgatadas pela aniversariante que deixou os demais convidados em casa e foi nos “soltar”.
Evelyne Furtado ou Tia Veca

9 comentários:

Fernanda Sobral disse...

Dá vontade de criar outro blog só para sessões de retrato falado! kkkkkkkkkkkkkkkk Essa do pato é imperdível! Morro d rir! beijo

Anônimo disse...

Oi Eve como já lhe disse amei, adorei, achei maravilhoso, relembrar um fato tão cômico como aquele, até porque co-estrelei rs. Como diz nossa amiga em meus niver tem que haver um fato engraçado.Bjs.

Capitão-Mor disse...

Parabéns pelo novo espaço! Gosto do sentimento de leveza que se sente por aqui.

Anônimo disse...

eveline,
voçes estão arrasando. parabens.
a outra banda do dobro.zelma

Fernada Sobral disse...

Estou simplesmente adorando essa parceria.

Jeanne: ainda bem que vc se mudou.

pimpim: legal vc ter rido.

Capitão, esse espaço é leve mesmo.
Volte sempre.

Zelminha: sua filhota é o máximo! Estou adorando a parceria e morro de rir quando leio os posts dela.
Parabéns a vocês!

Beijos e obrigada.

Mel Furtado disse...

Meninas, estou parecendo uma louca a rir alto sozinha em frente a tela do computador. Adorei todos os episódios, sim, episódios, pois esse blog parece até mais umas dessas minissérie globais.
SHOW!!!
Mel

Anônimo disse...

Vequinha.
Quem disse que a veia engraçada era de titularidade de Janine Patrícia?
Quase morro de rir...
Hoje continuo sem relaxar no batom, perfumes e adereços indispensáveis ao dia a dia...
E só para deixar o suspense, os contornos atuais da minha barriga é de fofura. Claro, como diz meu lindinho estou espaçosa!
Mais linda!Impossível...
E o humor, continua sendo o melhor de mim!!!
Também pudera! Com amigas desse quilate a vida não poderia ser diferente.
E para protagonizar na telinha Ana Vê,como diria Tontonho (meu eterno amigo criança)a globo teria que escalar, não Denise Fraga , que eu adoro, mas Malu Mader ou Luiza Brunet...pois é assim que ele me ver.
Meus meninos vão adorar...
Mas , Veca nunca esqueci o falecido chegando na Delegacia.
É por esse e outros retratos falados, que eu não me canso de cantar o finado Gonzaguinha:
"Viver e não ter a vergonha de ser feliz."
Beijos
Ana Vê.

Anônimo disse...

E eu estava nessa barriga!
Achei muito engraçado, cresci escutando essas loucuras.
Beijos Tia Veca.

Evelyne Furtado. disse...

Oi, Fernadinha de Ana!!!!!!
Estava sim, meu amor ou era Fabiana?
Bem sua mãe deve saber, linda. Mas fique certa que essas loucuras fazem parte da parte alegre de minha vida.
Beijos
tia Veca