quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O Imperador!

A maior parte das crianças sonha em ter um cachorrinho, ou qualquer outro bicho de estimação – aqueles mais ousados desejam cobras, lagartos. Não diferente das outras, quando tinha doze anos comecei uma batalha familiar para ganhar o meu.
Após bolar centenas de planos sem sucesso, resolvi apelar. Fiz amizade com o dono do canil que me deu fotos, me disse todas as vantagens da raça e fez um precinho camarada. Com todas estas vantagens, eu só tive que fazer carinha de coitada – usando o argumento que ficaria traumatizada – e esperar o resultado.
Minha mãe resolveu entrar na guerra e o patriarca resistia. O irmão espírito de porco repetia: - essa menina não vai cuidar do cachorro, vai sobrar pra vocês!
No dia 03 de Agosto 1998 chegou meu cachorrinho. Parecia uma bolinha de pêlos. Mal saia do canto, todo acanhado. Arrumamos sua caminha na sala de visitas (o bichinho tinha medo de tudo, só transitava pela sala de visitas). Para agradar o patriarca deixe que escolhesse o nome. Nunca sonhei em ter um cachorro chamado Napoleão, mas papai também não sonhava em ter um cachorro e agora tinha um. Um detalhe importante a ser ressaltado: Napoleão era clandestino, era proibido cachorro no meu condomínio.
Napoleão apaixonou-se por papai e vice-versa. Tanto que o cachorro absorveu as características de papai. Rabugento que só ele, Napoleão reclama de tudo. Hoje em dia, Napoleão é o xodó da casa. Popó para os íntimos é cheio das histórias. Ele sabe quando as pessoas chegam à nossa casa e late amistosamente, ele já lambeu um queijo gorgonzola, já deixou uma visita com o pé no vaso sanitário (defecou no lugar errado), já fugiu de casa deixando todos desesperados, ficou muitas vezes no pé da minha cama quando estive doente, me acorda amigavelmente com lambidas, já “namorou” com uma cadela que fugiu com seus filhotes, já elegeu o quarto da vizinha da praia como banheiro. Napoleão é Napoleão.
Graças a minha mãe, hoje eu sou uma mulher sem traumas, afinal de contas tenho “o” bichinho de estimação, que tomou o reinado do patriarca/rei e se tornou o imperador da casa!

Frase do dia: "Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance".

4 comentários:

Mel Furtado disse...

Fernandina, o seu texto me lembrou Sissi, a "minha" imperatriz! Pois é, você tem o imperador e eu tenho a imperatriz, que apesar de estar " emprestada" a Arlete ela ainda é minha.
P.S Só não sei se eu ainda sou a dona dela?!
kkkkkk
Mel

Louíse disse...

Fernandíssima!!!
Adorei descubrir o blog, e adorei o texto! E nem vou comentar sobre cachorrinhos de estimação.. sempre estive ao lado de um, e a que ganhei que tenho no momento, que ja tem 2 aninhos, é o maior xodó da minha vida! E achei engraçado ler isso, porque aqui foi a mesma coisa! Meu pai quase nao me dava porque nao queria de jeito nenhum, e mainha meu Deus, morria de medo literalmente! Mas hoje em dia.. todo mundo é louca por ela! Mas é claro que ela me ama mais do que todos :D

Mas vou ter que admitir uma coisa.. o melhor de ler os seus textos, é ouvir dentro da nossa cabecinha, láááá dentroooo.. a sua voz contando tudo isso!!! hahahaha!

Saudades de você!
Chame Bidu e vamos combinar algo!

LARINHA MEDEIROS
:*

P.s. Blog nos meus favoritos já! :)

Anônimo disse...

Larinhaaa vc por aqui!!!1
Beijo
Sylvinha

Anônimo disse...

Até que parece q só Napoleão puxou o seu pai! Vc e filho nem são "temperamentais" né? Tia Zelma é q é uma heroína!!!
Beijo

Romeu