segunda-feira, 30 de junho de 2008

"A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la." (Bob Marley)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Eu sou dependente!

Boa Tarde Senhores Leitores,
Eu sou Fernanda Sobral e tenho uma confissão a fazer. Estava sumida do blog, estava tentando encontrar uma maneira de confessar que eu sou dependente de tecnologia. Sim, de tecnologia. Eu durmo agarrada no meu telefone celular, acordo várias vezes durante a noite para admirá-lo - aproveitando a oportunidade para ver quem me ligou ou mandou mensagens durante as madrugadas frenéticas. Quando não, eu já acordo e corro para apreciar aquele vistoso visor, e abrir aquela tampinha flip... nossaaa... é uma sensação muito boa, ver aquele textinho: 1 mensagem recebida (sendo modesta, claro!).
Passada essa fase da telefonia móvel, eu corro para o computador. Aaaah, meu computador. Ele é meu tudo! Nele eu tenho minhas músicas preferidas (e algumas tantas outras), meus textos (sim, caros leitores, eu escrevo muitos e deixo salvos no meu lindo e black notebook), meus projetos, minha contabilidade, minhas fotos – algumas pérolas raras – minhas cartas, meu trabalho de conclusão de curso... está tudo lá.
Não bastando meu computador pessoal, eu tenho meu querido e estimado desktop no meu trabalho. Aiiii... como eu adoro liga-lo todas as manhãs, digitar mil senhas, abrir meus e-mails, respondê-los... entrar no orkut é tão indispensável como beber água!
Meu pen drive, meu mp3 player andam na minha bolsa e hoje em dia são mais importantes do que minha carteira.
Aí, chegamos ao ponto crítico. Perdi meu pen drive e estou sem internet. Estou tendo ataque nos nervos, uma coisa ruim dentro de mim... Uma ânsia, uma agonia, uma vontade de gritar no meio da rua. Eu tento reconectar e não consigo. Estou desesperada. Preciso entrar na Internet. Preciso olhar meus e-mails. Ai, que angústia. E o pior... meu pen drive sumiu e dentro daquele aparelhinho singelo estão milhões de informações altamente preciosas. Estou sem chão. O que farei sem todas aquelas informações? O que farei sem meu “guarda-tudo”?
Eu preciso de ajuda... eu preciso me libertar dessa dependência! Quero fazer um movimento em prol das agendas, dos cd´s e disquetes e até mesmo da extinção da Internet...

sábado, 21 de junho de 2008

Japa Ruiva ou Enquanto Fernanda Não Vem.

Acordei com batidas fortes na porta. O sono profundo só me pegou de madrugada. Após assistir Medium, série que adoro e ter dito à minha irmã Melissa que não tinha medo nenhum de assombrações, tive um pesadelo, o tipo de sonho que graças a Deus não me visitava desde criança.
Aliás, segundo minha irmã caçula, sempre que digo que não tenho medo de alguma coisa, o destino vem me dar uma liçãozinha, mas essa é outra história.
Voltando ao assunto desse texto, meu cunhado me acordou, dizendo que havia ligado mil vezes para o meu quarto. Eu não ouvi, claro. Agora tinha que me apressar para um city tour em Buenos Aires. Estavam "só" me esperando.
Entrei no ônibus ainda acordando e logo vem um fotógrafo, fazendo fotos de todos para entregar ao final. Pediram para tirar os óculos. Obedeci.
Praça de Mayo, Casa Rosada, Catedral, Igreja Del Pilar, Boca. Na Boca ouvi tango pela primeira vez em Baires (é assim que Laura minha amiga portenha se refere à sua cidade e lá vou com a mesma intimidade).
Gostei de tudo e voltei feliz no ônibus. Ao entrar o moço que fez as fotos vem entregá-las e receber seu pagamento. Pego a minha e o primeiro impulso foi chamá-lo para devolver. Ele havia se confundido. Aquela foto não era a minha. Tudo bem que eu já sabia que seria feita uma montagem e no mínimo eu ganharia uma silhueta linda de tangueira, mas o rosto teria que ser o meu e não era o caso.
Chamei o rapaz, enquanto tentava lembrar das fisionomias dos demais passageiros. Não tinha ninguém com aquele rosto. Bem, ele se enganara e procuraria a minha foto. Nessa altura, Mel pede para ver a foto e me diz: - é você, Evelyne.
- Eu, como assim? (uma pergunta de loura e não de ruiva, tudo bem,rs)
Pedimos a André para resolver o impasse. Ele foi enfático: é uma japa ruiva, mas essa japa é você Veca.
Juro que ainda não me reconheço naquela foto, mas confio na minha família e paguei ao cara, agradecida pelo corpinho que ele me deu dentro de um vestido vermelho e justo.
A explicação? Eu ainda estava dormindo quando ele me fotografou e meus olhos estavam fechadinhos como os olhos das japonesas, para completar a transformação, ele me tirou os cachos e fez um coque. De mim ficou um rosto branquíssimo e redondo, olhos apertados e à cor do meu cabelo, sem cachos, foi acentuado um tom ruivo.
Quase morro de rir na hora. Ainda olho para a fotografia e não me reconheço, mas já gosto dela.
* Japa é aqui não é pejorativo e sim um termo carinhoso.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

...não enterrarei a vida antes do tempo.

O que faço com a vida que vivi?

Onde guardo a experiência adquirida?

Devo esconder meus sonhos de você?

Tenho que disfarçar atrás de um semblante neutro as emoções que senti?

Não me responda sim a todas as perguntas que lhe fiz.

Pensando melhor pode até responder, porém, em respeito a todos os momentos em que prendi a respiraçãopor prazer, júbilo, tristeza, alegria, indignação e amor ,
não enterrarei antes do tempo a vida que me trouxe onde estou.

Evelyne Furtado
Direitos Reservados

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Chove




Chove além do meu quarto
Um temporal
Assim como a menina gosta
Tempestade:
Relâmpagos, ventos, trovões
Além das paredes grossas:
Suas seguras emoções.


Evelyne Furtado
Publicado no Recanto das Letras em 30/05/2008
Código do texto: T1011373